Endividamento do Setor não Financeiro em Portugal Aumentou 500 Milhões de Euros em Novembro de 2021
O Banco de Portugal publicou dados sobre o endividamento do setor não financeiro em Portugal, que sofreu um aumento de 500 milhões de euros em novembro de 2021 em relação a outubro de 2021, atingindo 766.9 mil milhões de euros. O setor não financeiro engloba os setores institucionais das administrações públicas, empresas (sociedades não financeiras) e particulares (famílias e instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias).
O endividamento do setor público (administrações públicas e empresas públicas) sofreu uma diminuição de 500 milhões de euros, atingindo 344.9 mil milhões de euros. Isto resultou da diminuição do endividamento perante o exterior e os particulares (1.5 e 0.9 mil milhões de euros, respetivamente), que foi parcialmente compensada pelo aumento do endividamento junto aos restantes setores financiadores em 2 mil milhões de euros, particularmente junto ao setor financeiro (€1 mil milhão).
O endividamento do setor privado (empresas privadas e particulares) sofreu um aumento de €1 mil milhão, atingindo 422 mil milhões de euros. O endividamento das empresas privadas sofreu um aumento de 800 milhões de euros. Este crescimento deveu-se, sobretudo, ao financiamento obtido junto do exterior (600 milhões de euros). O endividamento dos particulares subiu 200 milhões de euros, resultado do aumento do endividamento em relação ao setor financeiro.
Figura 1 – Endividamento do Setor não Financeiro por Setor Devedor, em Milhões de Euros (2020-2021)
Fonte: Banco de Portugal.
Em novembro de 2021, o endividamento total das empresas privadas sofreu um aumento 2.6% em relação a novembro de 2020 e um aumento de 0.3% em relação a outubro de 2021.
Figura 2 – Taxa de Variação Anual do Endividamento das Empresas Privadas (2016-2021)
Fonte: Banco de Portugal.
Já o endividamento total dos particulares sofreu um aumento de 3.2% em novembro de 2021 (em relação a novembro de 2020) e um aumento de 0.11% em relação a outubro de 2021.
Figura 3 – Taxa de Variação Anual do Endividamento dos Particulares (2016-2021)
Fonte: Banco de Portugal.
André Marques